quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Pete Sandoval Returns!

Maravilhoso vídeo do sensacional Pete Sandoval (Morbid Angel) retornando às baquetas após se recuperar de uma lesão séria nas costas. Só para humilhar os medíocres, o cara mostra neste vídeo - que fará parte do seu vindouro DVD - uma adaptação perfeita da 25ª simfonia de de Mozart com sua técnica apurada, inclusive com um jogo sensacional de pedal duplo. Para ver e rever!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Top 100 - As 100 Melhores Músicas do Metal - Parte 3



E mais algum tempo depois ... eis que surge a parte 3 deste Top 100  com os clássicos do Metal!

“Zombie Ritual” – Death  / Album: “Scream Bloody Gore” – Na minha modesta opinião, este album é marco inicial do Death Metal  mundial, sendo a melhor referência para qualquer um que queira começar uma banda neste estilo. “Zombie Ritual”, com sua introdução absurdamente macabra, é um exemplo perfeito de Death Metal clássico,  brutal, rápido e pesado. Esse é um daqueles albuns que merecem apenas uma única nota: 10! Se quiser um algo a mais, ouça também a versão demo desta faixa, que mesmo sem a produção album, já mostrava que seria foda! 

“Legions of Destruction” – Angel Dust / Album: “Into the Dark Past” – O Speed Metal pode não ser o estilo mais veloz dentro do universo metálico, mas determinadas bandas conseguiam fazer o inferno dentro dos limites estabelecidos. O Angel Dust combinou neste album um instrumental fudido demais com uma produção que soube realçá-los e claro, músicas muito boas! “Legions of Destruction” é uma paulada de bateria rápida (que bumbos são aqueles!) e guitarras inspiradíssimas (o riff da “paradinha” no meio da música é devastador). Ouça esta música, ouça o album completo.
   
“Dragon’s Blood” - Deathrow / Album “Raging Steel” – Desde a primeira vez em que ouvi este álbum na vida, até os dias de hoje, fico boquiaberto com o som deste alemães. É um Thrash tão maravilhoso, tão porrada e tão bem feito ao mesmo tempo, que me pergunto porque estes caras não estouraram. “Dragon’s Blood” foi minha escolha mesmo não sendo uma faixa rápida, mas porque traz um ingrediente que poucas bandas no Thrash conseguiam fazer bem: refrão cantado em coro, e não apenas berrado. Quando você se tocar, já vai estar cantando junto! Além disso, a faixa é espetacular, com variações muito bem boladas. Mais um disco para ouvir de cabo a rabo.

“Meridian” – Sirenia / Album “At Sixes and Sevens” – O “Symphonic Gothic Metal” desta banda que é capitaneada pelo ex-Tristania Morten Veland tem seu expoente máximo nesta faixa que junta, de forma magistral, todos os elementos famosos do estilo: corais, vocais femininos e guturais, temas acústicos, teclados e de quebra, algumas partes rápidas. Não sou exatamente fã do estilo, mas é inegável que esta música é um clássico de muita inspiração.

“Morning Palace” – Dimmu Borgir / Album “Enthrone Darkness Triumphant” – O Dimmu Borgir foi a única banda “nova” que conseguiu me impressionar de verdade desde o Slayer, a ponto de me fazer procurar desesperadamente, na época, pelo material da banda para conhece-la melhor. Esta música foi seu cartão de visitas na minha vida e me deixou embasbacado. A combinação do Black Metal com teclados praticada por estes Noruegueses é absurda nesta faixa, com uma criatividade que torna único o som da banda . Soturno, pesado, assustador e maravilhoso, o que justifica o status deles hoje no cenário mundial. Você pode até não curtir Black Metal, mas isto aqui vai além do conceito e da temática do estilo: é renovação e inovação!
  
“Games of Hummiliation” – Pungent Stench / Album “Been Caught Buttering” – Determinadas bandas têm um talento especial dentro do estilo que abraçam, e o Pungent Stench se superava, dentro do Metal que praticavam, no quesito podreira. Os caras abraçavam não só a temática doentia, mas também colocavam isso de forma magistral no seu som. Esta faixa em especial, além de muito pesada e arrastada, vocais guturais na dose certa, tem um fechamento bem “inesperado”, com um dedilhado belíssimo entrecortado por urros desesperados! Ficou diferente e bem perturbador, como toda boa banda de Death deve ser!
   
“Let There Be Death” – Onslaught / Album “The Force” – É difícil destacar o que mais chama atenção nesta faixa, que é a de abertura do segundo (e clássico) álbum do Onslaught: o início com a dobra das guitarras num riff sensacional que abre espaço para o restante da banda entrar e quebrar pescoços, numa intro típica do Thrash da época, ou então o ritmo veloz bem encaixado na linhas vocais do sensacional Sy Keeler, ou as variações bem sacadas da música. Serve de demonstração do poderio do álbum, que é matador.
   
“Queen of the Reich” – Queensryche / Album “Queensryche” – Outro vocalista simplesmente arrasador nos agudos é o Geoff Tate do Queensryche, o que fica nítido no refrão da música (é impossível você não tentar cantar junto – conseguir é outros quinhentos...). Destaque também para o instrumental pesado, cortesia do início de carreira onde a banda ainda não havia caída no som mais técnico e progressivo. Destaque também para o baterista Scott Rockenfield, que desce a mão sem dó (basta checar o clip), sendo um dos grandes responsáveis pelo peso deste som, que é maravilhoso.

“Astronomy Domine” – Voivod / Album “Nothingface” – Alguns covers refletem uma situação curiosa: parecem terem sido feitos pela banda que o executa e não pela que o criou, tamanha a compatibilidade entre banda e canção. Este é o caso do Voivod neste cover do Pink Floyd, onde o instrumental e temática da música casaram perfeitamente com a proposta do Voivod na época. Peso hipnótico numa viagem progressiva, numa música em que até o clip é fuderoso. O mais engraçado é que a versão original não difere (tanto) da executada pelo Voivod. Neste caso, o que falou mais alto foi a personalidade da banda.
  
“Red Sector A” - Rush / Album “Grace Under Pressure” – Rush não tem muito o que falar: músicos espetaculares, nome consolidado no progressivo, discos maravilhosos. “Red Sector A” é uma das músicas que eu mais gosto, pois vejo nela uma beleza impressionante, aliada a tradicional técnica do grupo, principalmente Neil Peart, que mais uma vez da show. Clássica demais da conta!

Em breve:  parte 4!  


sábado, 2 de julho de 2011

Prévia Novo Album Machine Head "Unto the Locust"


O novo album da banda "Unto the Locust" sai em Setembro pela Roadrunner e já foi disponibilizada uma faixa de aperitivo, "Locust". Machine Head é Machine Head, entretanto achei um pouco melodioso e polido demais, mas mesmo assim é um grande som. Vamos esperar pelo album!

Vídeo: "Wolverine Blues" Entombed



O 3º album dos suecos do Entombed, "Wolverine Blues", inaugurou uma nova fase na carreira do grupo, que passou a praticar o Death n´Roll, uma mistura até então inédita dos dois estilos. O album é espetacular e não é nem preciso ser nenhum gênio para saber que muita gente copiou os caras. O mais engraçado é que o Dismember, também sueco e da mesma época, começou no Death Metal com um som similaríssimo ao Entombed, e também passou a praticar o mesmo Death n´Roll. Para nossa sorte, com a mesma qualidade.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Slayer no Brasil - Tour 2011

O Deuses do Thrash já tocaram no Chile e tocam aqui em Curitiba (dia 08) e em SP (dia 09). O pior:  eu não poderei ir! SSSSSLLLLLAAAAYYYYYEEEERRRRRR



sábado, 7 de maio de 2011

Top 100 - As 100 Melhores Músicas do Metal - Parte 2


Depois de um tempinho, volto com a parte 2 deste Top 100, com as músicas que considero clássicos imperdíveis para qualquer amante de Metal

 11)  “Thriumph of Death” – Hellhammer / Album: “Apocalyptic Rayds” – Tom Warrior simplesmente conseguiu juntar nesta faixa um dos vocais mais desesperados que já vi/ouvi até hoje com um instrumental macabro e pesado que chega a dar medo. O riff inicial (leia-se “distorção”) e os gritos de horror dados por Warrior dão a impressão que ele estava no fundo de algum poço, passando por um tormento pesado, e que piora com a entrada dos demais instrumentos fazendo uma marcação quase tribal. Na sequência, o ritmo hipnótico, copiado por 10 entre 10 bandas de Black Metal, mosta a influência que o Hellhammer e no futuro o Celtic Frost teriam na música pesada.

12)  “Human Inseticide” - Annihilator/ Album: “Alice In Hell” – Thrash na sua mais pura essência: uma faixa rápida, com riffs avassaladores (Jeff Waters!), paradinha no meio e mais velocidade no final. Não é à toa que o Annihilator foi a banda nº 1 na gravadora Rodrunner por um bom tempo (até o Sepultura chegar e estragar tudo). Minha prefrida neste álbum, junto com “Alison Hell”, outro clássico.

13)  “Griffons Guard the Gold” - Picture / Album “Eternal Dark” – Simplesmente canto esse refrão sempre que ouço essa música, é mais forte do que eu! O heavy/Rock praticado pelo Holandês Picture neste álbum é maravilhoso, mas esta música é insuperável, com um andamento sensacional e um refrão que dá vontade de berrar a cada vez que é executado. Lindo demais!!!

14)  “Chapel of Ghouls” - Morbid Angel/ Album “Altars of Madness” – Quem gosta de Death Metal naturalmente conhece o Morbid Angel , um dos maiores nomes do estilo. Caso você não conheça, “Altars of Madness” é um clássico de ponta a ponta e “Chapel of Ghouls” é uma das músicas que o melhor representa, pois agrega a velocidade absurda da banda com variações espetaculares, cortesia do batera Pete Sandova, o pai dos “Blastbeats”. Um detalhe interessante é que esta faixa contém linhas de teclado, coisa pouco comum na época, mas que deu um toque sensacional a música.

15)  “God of Thunder” - Kiss / Album “Destroyer” – Na minha opinião, o Kiss tem vários clássicos, mas algumas músicas tem alguns diferenciais frente ao Rock padrão em que consiste a música do grupo: “God of Thunder” é simplesmente um embrião do Death n Roll que ficaria famoso com bandas como Entombed e Dismember. O andamento cadenciado e os vocais graves de Gene dão um peso sensacional a música, culminando num refrão contagiante. Dúvidas? Ouça o cover do Death para esta faixa e me diga se ela não foi feita a frente do seu tempo.
   
16)  “Hell´s Gates” - Omen / Album “Warning of Danger” – Lindo demais, apenas isso. Calma, não se trata de uma balada melosa: ocorre que o Omen deu a sorte de conseguir um vocalista com uma das vozes mais belas que já ouvi até hoje. J.D. Kimball é o nome do sujeito (infelizmente, falecido recentemente)  e ele simplesmente é destruidor nesse e em outros 2 albuns da banda (“Battle Cry” e “The Curse”). Voltando a faixa em questão, trata-se de um tema com muita melodia onde os vocais de Kimball dão um show. Obviamente, a banda também é excelente e o Speed metal com toques de metal Tradicional fez do Omen uma banda sensacional, mas que não recebeu todo o reconhecimento que merecia.

17)  “Thrashers” – Death Angel / Album “The Ultra Violence” – A banda da Bay Area, formada por cinco primos conseguiu a proeza de fazer uma música com esse nome e que realmente faz jus a ele, sendo um exemplo maravilhoso do que um “Thrasher” pode fazer. O riff inicial é inesquecível, a música é rápida e açoitante, o refrão é típico do estilo (com todos cantando) e as mudanças de ritmo ao longo do tempo são destruidoras, sejam elas diminuindo ou aumentando a velocidade. Uma porrada na orelha sem tamanho!

18)  “Perfect Strangers” – Deep Purple / Album “Perfect Strangers” – O Deep Purple é uma banda histórica e vital na música pesada, mas não serei hipócrita em citar aqui material de uma época que não vivi. Por isso, cito uma música mais “recente” da banda (1984) e que fez parte realmente da minha história no Rock. "Perfect Strangers” é espetacular, guiada pelo teclado de John Lord e com Ian Gillan dando show nos vocais. Uma curiosidade é que o Dimmu Borgir no seu álbum mais recente fez um cover para esta música, que mesmo adaptada ao Black Metal da banda, ficou legal...

19)  “Innocence” – Silent Cry / Album “Remembrance” – Esta banda mineira conseguiu o feito, na minha humilde opinião, de fazer a música mais bonita de Doom/Gothic Metal que já ouvi na vida! Seguindo a fórmula básica de vocais femininos / vocal masculino gutural, banda conduz uma faixa que alterna a beleza de linhas de piano/teclado com as guitarras, mesclando melodia e peso de maneira ímpar. 
  
20)   “Immortal Cessation” - Incantation / Album “Onward to Golgotha” – Esta música contem a parte rápida mais foda já feita por uma banda de Death Metal. O riff é espetacular, executado na velocidade da luz! Pena que essa parte é tocada apenas 2 vezes, após cada refrão (?) , mas é devastadora, maravilhosa e fuderosa. Só isso já vale a música, apesar do restante também ser muito bom.

Por enquanto, é isso. Em breve posto a parte 3!  

Aniversário Comemorativo - "Human" Death

Por incrível que pareça, já se vão 20 anos do lançamento o maravilhoso "Human" do Death. Com a chegada da data, uma edição comemorativa está a caminho em 21 de Junho (obviamente lá fora) em vinyl e CD, com 2 e 3 discos, contendo além do album remasterizado,  material bônus com as demos do álbum e notas do produtor Jim Morris e do guitarrista Paul Masvidal que participaram do álbum.
Quarto álbum da banda, “Human” só consolidou aquilo que todos perceberam desde as demos da banda: criatividade, peso e técnica aliados à criatividade do seu líder Chuck Schuldiner em elevar o outrora rústico Death Metal do grupo a um novo patamar, sem se perder ou mudar de estilo. Absurdamente mais técnico que seu antecessor “Spiritual Healing”, Human contava com um time invejável, composto por Schuldiner nos vocais e guitarra, o fantástico baterista Sean Reinert, que simplesmente dá um show o longo de todo o disco (atenção aos bumbos, incríveis!), pelo guitarrista Paul Masvidal (ambos do Cynic, que voltou a ativa recentemente) e do baixista Steve DiGiorgio (outro monstro no instrumento). Com essa formação, a banda lançou mão de oito faixas (uma instrumental) num disco que é inspiração e talento na forma de música. É impossível apontar qualquer destaque, o que faz de “Human” um álbum para ser ouvido de ponta a ponta.
  
De quebra, foram liberados na Internet 3 vídeos inéditos, de Maio de 1991, mostrando as sessões de mixagem do álbum. Para quem curte esse disco desde o seu lançamento (como eu), é muito legal ver fase final do processo de gestação deste que é mais um dos maravilhosos lançamentos dentro da carreira do Death, fruto da mente do gênio Chuck Schuldiner. Se você ainda não ouviu ou não conhece a banda (heresia!), não sabe o que esta perdendo!







sábado, 22 de janeiro de 2011

Slayer na Hammer

Simplesmente fuderosas essas fotos promocionais do calendário da revista americana Hammer. Achei tão legal que resolvi postar, pois são literalmente a "cara" do Slayer...




Metal Com Humor (?!)

O verdadeiro TRUE é aquele que curte Metal, tem o Metal como estilo de vida, mas não deixa de viver a vida por conta disso... Essa é para aqueles não NÃO conseguem fazer isso!







domingo, 16 de janeiro de 2011

Resenha DVD: "The Big 4" (Metallica, Slayer, Megadeth & Anthrax)



Não há menor dúvida que este DVD registrou um show de uma turnê histórica para o Metal, o encontro dos 4 grandes nomes do Thrash Metal da década de 80: Slayer, Megadeth, Metallica e Anthrax. Ainda que, pessoalmente, eu ache que uma 5ª banda deveria ter sido incluída – o fantástico Exodus – é óbvio que o impensável se realizou, uma vez que Megadeth e Metallica se reaproximaram (leia-se Dave Mustaine, James Hetfield e Lars Ulrich). Isso sem contar o Slayer também, que ao longo dos anos sempre foi alvo de comentários sobre diferenças e animosidades com as duas bandas citadas, principalmente Megadeth, onde Kerry King chegou a tocar por um breve período de tempo no passado. Como veremos mais a frente, os shows foram fantásticos, mas ao assistir os extras, onde um documentário mostra os bastidores do evento, fica claro que o Heavy Metal, além de um estilo apaixonante para milhões pelo mundo, também é um grande negócio...

O DVD abre com o Anthrax, que pela segunda vez tem Joey Belladonna retornando aos vocais, logo depois da saída conturbada do vocalista anterior Dan Nelson, num episódio confuso e sem muitas explicações até hoje. Vale lembrar que Belladonna já havia retornado ao Anthrax  em 2005 - juntamente com o guitarrista Dan Spitz, reunindo a formação clássica da banda - mas novos desentendimentos aconteceram e ambos partiram novamente. Desta vez, Spitz não voltou (trazendo de volta Rob Caggiano, na banda desde 2001). Com isso, fica clara a sensação de como esta reunião é oportunista, uma vez que é aparente que tanto a banda, quanto Belladonna, não conseguem a mesma exposição junto a mídia e fãs se não estiverem juntos. Outra coisa que reforça isso, vendo o documentário, é a clara falta de empolgação de Belladonna (apesar de ao vivo sair-se muito bem), principalmente no ensaio de “Am I Evil”, junto com os demais músicos, onde sua apatia é visível. Em termos musicais, a banda merece realmente estar neste encontro histórico, uma vez que sua carreira é fantástica. Destaques individuais para Charlie Benante (um dos grandes bateristas do Thrash mundial) e Frank Bello (que é o Bruce Dickinson do baixo, sem parar de agitar um minuto sequer). Em uma hora de show, os grandes clássicos são tocados com a competência de sempre: “Caught in a Mosh”, “Madhouse”, “Metal Thrashing Mad”, “I Am The Law”, além das surpreendentes “Only” (da fase John Bush) e a homenagem a Ronnie James Dio no meio de “Indians” com “Heaven and Hell”. No fim das contas, 1 hora é muito pouco e faz com que a banda deixe vários hinos de fora.

Na sequência vem o espetacular Megadeth, que na minha modesta opinião, podia estar no lugar como headliner em vez do Metallica. Sei que isso choca muita gente, parece heresia, mas não é de hoje que, se feita uma análise correta, podemos ver que o Megadeth teve (e tem) uma carreira muito mais estável que o Metallica. Tirando o fraco “Risk”, os lançamentos da banda sempre foram consistentes. Claro que a banda não teve os 3 primeiros clássicos que o Metallica teve - mas é só isso que o Metallica tem – e esta regularidade sempre me cativou. Entretanto, o Megadeth também tem seus clássicos (na minha opinião: “Peace Sells... But Who´s Buying”, “Rust in Peace”e “Countdown to Extinction”), além de ter tem um show acima da media e que mexe com o público. Preferências à parte, Mustaine e sua trupe simplesmente detonam, mesmo tocando debaixo do maior temporal.  Atualmente o Megadeth conta com uma formação muito estável e talentosa: Chris Broderick rivaliza em talento Marty Friedman, sendo um guitarrista espetacular; Dave Ellfson dispensa comentários, sendo a alma da banda junto com Mustaine. Apenas Shawn Drover me parece um baterista competente, mas certinho demais, bem distante da fúria e técnica do grande Nick Menza, que saiu da banda em 1998. Em termos de set list, o mesmo problema do Anthrax afligiu o Megadeth: apenas 1 hora para tantos clássicos é um desafio, mas a banda não fez feio: “Holy Wars...”, “Hangar 18” (que levanta o público), “Trust” e a pouco executada, mas espetacular, “Hook in Mouth”. Além das antigas, a banda ainda executou “Headchrusher”, faixa do excelente último álbum “Endgame”. Mesmo com todas aquelas presepadas com o Metallica, Mustaine ainda é o cara.

Slayer, Man! Fuck Yeah! Fica difícil escolher palavras para definir o show do Slayer, principalmente sendo a única das quatro bandas deste DVD que manteve-se absolutamente fiel a sua proposta, não fazendo concessões no seu som. Mesmo com dois álbuns experimentais (“Diabolus In Musica” e “God Hates Us All”), a banda não tirou o pé do acelerador e nem abriu mão de sua fúria tradicional. Além disso, a banda não tem muitas firulas ao vivo (nem back drop os caras usaram nesta apresentação) e vai direto ao ponto: Thrash Metal! Nem o fato de Tom Araya não poder mais agitar por conta da recente operação nas costas - e uma conseqüente proibição médica para o resto da vida – tira o brilho do show. Novamente 60 míseros minutos limitam estes Deuses, mas a magia está lá: “Angel of Death”, “Chemical Warfare”, “Mandatory Suicide”, além dos novos clássicos “Disciple”, “Jihad”  e “World Painted Blood”. É importante frisar que o Slayer é o único dos quatro que conseguiu gerar clássicos nos últimos álbuns (eu disse clássicos, não apenas boas músicas).  Tecnicamente, a formação clássica é imbatível: Lombardo continua sendo uma referência para bateristas do estilo, Hanneman e King são um exemplo de dupla de guitarristas perfeita dentro do Thrash e Araya, mesmo mais contido, permanece um excelente frontman, dominando a platéia com seus olhares sérios e sorrisos sinistros. Em suma: o Slayer está num outro patamar, e o publico sabe disso. Nota 10!

Chegando ao show principal, temos o Metallica, que encara uma situação um tanto quanto peculiar: depois de 3 albuns referenciais para o Thrash Metal, começou a mudar o seu som até chegar no multiplatinado “Metallica” - onde fez fama e fortuna - e daí começou uma descendente que passou pelos famigerados “Load” e “Reload”, culminando no trágico e patético “St Anger”.  Depois de idas e vindas ao Terapeuta, a banda ressurgiu com o bom “Death Magnetic”.  Entretanto, é óbvio que a banda tem uma legião de fãs por conta de seu passado glorioso e já não tem um show tão poderoso como antigamente, por várias razões.  Primeiro, a pegada não é mais a mesma, com várias canções antigas sendo tocadas sem a mesma gana do passado, com execuções que passam longe do que víamos nos anos 80. Segundo, a banda hoje perde em técnica, uma vez que Lars Ulrich (sim, eu não ia deixar de falar dele!), hoje em dia, é apenas um baterista mediano e bem ensaiadinho, não passando disso. Ao contrário de seus colegas Dave Lombardo (Slayer) e Charlie Bennante (Anthrax), Ulrich se contenta com o feijão com arroz que a banda pede e só. Diante desse quadro, o Metallica até arrisca 3 faixas novas entre as 18 que executa, mas são os clássicos que predominam e seguram a onda. Comprovando o que eu disse, apenas uma faixa de “Reload” é tocada, mas absolutamente nada do “St Anger”. Se olharmos direito, a banda não tem nada consistente no período destes álbuns - de 1996  a 2008 - para apresentar, ao passo que as demais (a exceção do Anthrax, que estava em crise com a formação) continuaram na ativa, mandando muito bem. O show é competente, mas não encanta como os demais.

Com relação ao documentário nos extras, este serve não somente para se ver o back stage  do show, mas para comprovar como nem tudo são flores nesta reunião histórica.  Mais do que amizade, nota-se que a grana falou mais alto ao juntar alguns desafetos. Para comprovar isso, basta checar o bate papo entre Mustaine e Ulrich sobre filhos: chega a ser constrangedor de tão forçado, como se ambos fossem grandes amigos. Quem viu o documentário “Some Kind of a Monster” do Metallica, sabe do que estou falando. Não se vê tambem muita empolgação quando Hetfield vai ao camarim do Slayer ao para falar sobe a Jam em “Am I Evil”. Esta Jam, aliás, não contou com todos os músicos, uma vez que do Slayer, apenas com Dave Lombardo (Jeff Hanneman e Tom Araya só sobem ao placo na hora da foto), o que deixa claro que a empolgação do encontro não era geral... Para finalizar, deixo uma questão: por que não fazer a Jam com 4 kits de bateria, e não apenas o do Sr Ulrich, com os outros três restritos a uma simples caixa? Os caras tinham de enrolar sem ter onde tocar! Medo da concorrência? Vai saber...

Saldo final: compre, porque vale muito a pena. Som e imagens excelentes, bandas idem (guardadas as devidas proporções, óbvio), com 4 shows que mostram parte da história do Thrash Metal como o conhecemos hoje.