Resenha: Slayer "World Painted Blood"



Esta resenha era mais do que necessária, afinal, estamos falando do novo album do maior nome do Thrash mundial. E,por conta dessa condição, fica até difícil ser imparcial, basicamente por 2 motivos: primeiro, por que sou fã; segundo, porque qualquer banda que atinge o status de representatividade dentro de um estilo em específico ou do Heavy Metal de um modo em geral, como o Slayer conseguiu, tem atrás de si uma legado que é impossível de ser esquecido e de não ser um parâmetro no momento de se avaliar algo novo. Com isso, qualquer novo lançamento, por melhor que seja, já sai em desvantagem com relação ao que foi feito no passado, ou melhor dizendo, frente aos “clássicos”.

Entretanto, muitas bandas das antigas têm conseguido quebrar esta barreira, com lançamentos que mantem a qualidade do passado sem soarem como meras cópias. E o Slayer não é exceção, indo até além: a regularidade que a banda alcançou nestes anos todos é impressionante, mesmo com dois discos um tanto quanto experimentais no meio do caminho (“Diabolus In Musica” de 1998 e “God Hates Us All” de 2001), onde a banda se aproximou de um estilo mais “americanizado” de tocar Metal, mas sem que isso representasse um deslize da mesma proporção dos “Loads” do Metallica, por exemplo.

Outra coisa que ficou clara é que, mesmo com Paul Bostaph sendo um baterista espetacular, a volta de Dave Lombardo às baquetas do Slayer trouxe um novo ânimo a banda e uma volta as origens, com o som do grupo novamente tendendo ao que foi feito no animalesco e clássico “Reign In Blood”(1986) , um dos maiores discos de Thrash já lançados. Com isso, o sucessor de “Christh Illusion” (de 2006 - o primeiro depois do retorno de Lombardo), tinha de tudo para ser ainda melhor, uma vez que um natural entrosamento maior já era o esperado face a extensa turne que o álbum teve, de quase 3 anos.

Com isso, só posso dizer uma coisa: “World Painted Blood” já é um dos melhores discos de Thrash do ano, superando (na minha opinião), os novos de Metallica e Megadeth, ainda que sejam muito bons. Acontece que o Slayer conseguiu se superar e criar algo brutal e sem muitas invencionices (ainda que Hanneman e King venham inserindo algumas bases e riffs meio loucos desde o álbum anterior, mas nada que desvirtue o som da banda). O disco é extremamente porrada, com várias músicas rápidas, na melhor tradição do grupo. Na há destaques individuais na banda, uma vez que todos cumpriram muito bem o seu papel e construíram um disco matador. Com relação as musicas, todas são boas, mas em algumas será impossível não apertar o “repeat” no CD Player: “World Painted Blood”, Hate Worldwide”, “Not Of This God” e “Psychopathy Red” agradarão a quem gosta de velocidade, bem no estilo da banda. Como destaque particular, “Human Strain” simplesmente se mostra uma das melhores do disco, com ritmo cadenciado muito bem encaixado com os vocais de Araya, perfeita para o headbanging! Como único senão do disco, a faixa “Playing With Dolls”, uma vez a banda abriu mão de uma letra meio apelativa e forçada, além de um ritmo meio arrastado sem muito brilho. Entranto, essa única faixa não tira o brilho do restante do disco, que pode ser resumido numa única palavra: espetacular! SLAYER RULES!

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