Napalm Death / “The World Keeps Turning” / Album “Utopia Banished” – Esta música representa de maneira perfeita a fase iniciada no álbum anterior, em que a banda se afastou do Grindcore que a lançou na cena e caiu de cabeça no Death Metal, em alta na década de 90. Com um início cadenciado maravilhoso, e depois com o aumento gradual da velocidade até um patamar estonteante, esta faixa mostra que a banda tinha muito potencial e se mostraria um dos baluartes do estilo extremo de Metal. Destaque para os vocais absurdos de Barney Greenway, na minha opinião um dos melhores vocalistas guturais no cenário mundial até hoje.
Destruction / “Total Desaster” / EP “Sentence of Death” – Faixa
de abertura do EP de estréia, que para época em que foi lançado (1984), foi
algo simplesmente avassalador. Ainda que Slayer e Metallica já fossem nomes
conhecidos, a brutalidade do Destruction surpreendeu e esta música foi o cartão
de visitas para o Thrash brutal da banda. “Total Desaster” é uma faixa rápida
do início fim, com um riff sensacional (era só o início do show que o
guitarrista Mike daria ao longo da carreira da banda...) e os vocais únicos do
baixista Schmier. É uma porrada na orelha até nos dias de hoje!
After Forever / “Monolith of Doubt” / Album “Decipher” – O
hoje extinto After Forever surgiu na leva de bandas de Metal Sinfônico + vocais
femininos/operísticos, no fim da década de 90. Apesar de haver encerrado as
atividades, a banda da belíssima (e talentosa) vocalista Floor Jansen (hoje no
Nightwish) deixou este verdadeiro hino do estilo. Com um verdadeiro show de
Floor, que transita com facilidade entre os vocais naturais e os líricos,
somada as mudanças de andamentos sensacionais, esta faixa é uma verdadeira aula
do que era esse estilo tão em voga na época.
Nuclear Assault / “The Plague” / EP “The Plague” – Apesar do
Nuclear Assault injetar com maestria no seu Thrash Metal doses do Hardcore
Novaiorquino, esta faixa distoa um pouco do seu estilo, mas de maneira
magistral. Com a parte lírica focada em guerras nucleares, “The Plague” é
cadenciada e pesada, retratando um cenário pós apocalíptico. O ritmo é bem
bacana e arrastado, com alguns momentos acústicos e um refrão muito bem
encaixado. Casamento perfeito entre a temática sombria da letra e o clima
lúgubre da música.
Quiet Riot / “Cum On Feel The Noise” / Album “Metal Health”
– Esse é um daqueles casos de “É um cover mas parece que a música é minha!”. Você
pega para fazer um cover e a sua versão fica muito melhor que o original, dando
a sensação de que a música é sua, e não da outra banda... Não que a versão
original do Slade seja ruim , mas esta aqui do QR se tornou um megaclássico,
pois ganhou peso e a pegada
característica do Heavy Metal dos anos 80: refrão maravilhoso para cantar
junto, bateria pesada, solo sensacional, impossível não gostar!
Exodus / “Black List” / Album “Tempo of the Damned” – Seria
muito óbvio colocar aqui qualquer faixa do clássico “Bonded by Blood”, mas o
Exodus tem sim material de qualidade depois desse disco, pode acreditar. Esta
faixa, presente no retorno de Zetro Souza aos vocais da banda depois de sua
saída em 1992, mostra o quão sensacional o Exodus sempre foi matador em faixas
mais cadenciadas. Aliás, talvez esta seja uma das melhores música neste estilo
dentro do Thrash Metal, com um riff matador, solos sensacionais e ainda por
cima aquele refrão no final com um coro, bem típico do Thrash Americano e que a
banda sempre souber fazer muito bem.
Saxon / “Crusader” / Album “Crusader” – Confesso que não sou
um fã e profundo conhecedor de Saxon, mas sei o suficiente para reconhecer o
valor e a importância da banda dentro do Heavy Metal mundial. Entranto, sempre
considerei “Crusader” um hino, num daqueles casos em que a faixa é épica, com
letra e o espírito da música casando perfeitamente e um refrão maravilhoso. O
clima da música é tão envolvente que você se sente numa batalha, em meio às
Cruzadas! Outro detalhe sensacional são as incursões narradas durante a
execução, que são de arrepiar!
Ramones / “Poison Heart” / Album “Mondo Bizarro” – Um erro
muito comum no meio metálico é considerar Ramones e AC/DC bandas que tocam
sempre a mesma coisa, disco após disco. Nada mais injusto, e esta faixa do
Ramones mostra a musicalidade da banda, apesar de manter o estilo clássico que
os consagrou com uma certa melodia. Impressionante como os vocais de Joey
Ramone conseguiam transitar (e agradar!) tanto nas música mais rápidas, quanto
nas mais “pop”, digamos assim. Destaque para o belíssimo refrão, muito bonito! 1,2,3,4!
Testament / “Nobody´s Fault” / Album “The New Order” – Outra
faixa na categoria “É um cover mas parece que a música é minha!”.
Impressionante o que a banda conseguiu com esta gravação do Aerosmith (sim,
bandas de Thrash nos anos 80 olhavam sim para os sons do passado!), dando a ela
um andamento um pouco mais acelerado - na medida certa - e aumentando o peso.
Os vocais de Chuck Billy casaram perfeitamente com a canção e a banda se supera
na execução. Destaque também para o vídeo clipe, muito bem humorado ao mostrar
a banda tentando tocar chegar show e executar a música.
Luca Turilli / “The Ancient Forest of Elves” / Album “King of the Nordic Twilight” – Na década de 90 houve uma explosão do Power Metal, com bandas como Rhapsody explorando ao máximo a temática “Capa e Espada” e o “sinfonismo” ao extremo no som. Luca Turilli era o comandante das 6 seis cordas no Rhapsody e mostra nesta faixa do seu primeiro album solo que também sabia se virar sozinho. Música simplesmente épica, grandiosa, com vocais e um refrão absurdos, mostra de maneira sensacional todos os elementos do estilo. Depois de algumas audições, você já se pega empunhando uma espada imaginária e cantando o refrão...