domingo, 18 de outubro de 2015

Top 100 - As 100 Melhores Músicas do Metal - Parte 5


Manowar / “Battle Hymn” / Album “Battle Hymn” – Faixa título do album de estreia dos americanos do Manowar e que cumpre fielmente o propósito de seu título, sendo um verdadeiro “Hino de Batalha”. É simplesmente impossível ouvi-la sem se imaginar em uma daquelas guerras antigas, montado em um cavalo e empunhando uma espada! Clima fantástico e com uma interpretação inspiradísisma da banda, em especial de Scott Adams, que canta de maneira emocionada (tente passar indiferente aos refrãos “KIll, Kill” e “Victory, Victory”, se puder), principalmente na parte acústica antes do solo. Destaque também para a bateria no final apoteótico, simplesmente maravilhosa e bombástica. Música pesada, linda e inspirada como poucas. Clássico!

Children of Bodom / “Every Time I Die” / Album “Follow the Reaper” – Algumas bandas obtem resultados surpreendentes com músicas mais arrasatadas, quando priorizam peso à velocidade. Nesta faixa, em especial, o COB conseguiu um peso avassalador, com um ritmo cadenciado mesclado aos velhos conhecidos teclados utilizados em larga escala pela banda, e que já são sua marca registrada. Destaque para o início da música, que, se ouvido no volume máximo, consegue tremer o chão!

Torture Squad / “Chaos Corporation” / Album “Hellbound” – Se o Dream Theater se tornasse uma banda de Brutal Death Metal, soaria como o Torture Squad. Falo isso por que a quebradeira dessa música é tão impressionante, usando tanta técnica, que só mesmo músicos gabaritados seriam capazes. O mais interessante é ver/ouvir blast beats (Almir Cristófaro é um monstro na bateria) entrecortados por partes técnicas, com muita precisão, aliados aos variados vocais de Vitor Rodrigues, que mistura de maneira magistral vozes graves, guturais e rasgadas, dando a impressão de que há mais de um vocalista na banda. Simplesmente fodástico!

Machine Head / “Imperium” / Album “Through Ashes of Empires” – Se cada estilo de Metal tivesse a sua “receita de bolo”, esta música poderia ser a receita do Thrash. Apesar do Machine Head ser uma banda que executa do um som mais moderno, as raízes de Robbin Flyn e o seu passado no fudidíssimo Vio-Lence emergem de vez em quando, dando vida a obras primas como essa. Trata-se de uma faixa longa, onde Flyn soube explorar partes mais lentas e rápidas, riffs clássicos de Thrash Metal, um refrão muito foda e variações espetaculares em meio a afinação baixa que traz o tom mais moderno já mencionado. É como se ele tivesse pego o que há de melhor nos elementos para se compor um música pesada e os uniu com maestria. No Fuckin Regrets!

Slayer / “Jihad” / Album “Christh Illusion” – Ah, Slayer... Como sempre a banda se mete a falar de algo que não deveria, mas é aí que saem os clássicos! Jeff Hanneman (R.I.P.) já havia cutucado com vara curta a onça do Nazismo em “Angel of Death”, e aí o fez de novo com o fanatismo Muçulmano em “Jihad”. Música rápida, porrada mesmo, com início de guitarra estranhíssimo para os padrões do Slayer (mas que tem tudo haver a temática) e um andamento meio dissonante das guitarras em relação a bateria na parte rápida, criando um efeito muito legal. A “paradinha” no meio da musica é simplesmente fuderosa e descamba nos solos velocíssimos, bem ao estilo da banda. Sozinha já vale o álbum!

Dark Angel / “Perish in Flames” / Album “Darkness Descends” – Na minha opinião, este album sempre esteve ao lado do “Reign In Blood” do Slayer, que é o álbum mais porrada do Thrash na história da humanidade. Digo isso porque “Darkness Descends” é duma velocidade tão absurda, uma porrada estonteante que realmente mereceria esta condição. A faixa em questão encerra o álbum como um soco no estômago, tocada na velocidade da luz, até mesmo nas partes mais lentas (?), com destaque para a bateria de Gene Hoglan, que simplesmente desce a mão sem dó e nem piedade. Apesar das letras enormes e da velocidade estonteante, o vocalista Don Doty acompanhava de maneira soberba essa correria toda. Indicadíssimo para quem gosta de Thrash bem porrada, sem piedade.

Holy Moses / “Current of Death” / Album “Finished With the Dogs” – Ainda no segmento Thrash + Porrada, o Holy Moses é uma banda alemã antiga (iniciou atividades na década de 80 e ainda está na ativa), mas que tem o diferencial de ter sido uma das primeiras com uma mulher nos vocais e fazendo um som mais pesado e rápido. Nesta faixa, em cima de um Thrash hiper rápido, Sabrina Classen urra (!) furiosamente e acompanha uma banda afiada. Mesmo no meio de tanta pancadaria, eles conseguiram enfiar um ôôôôô no refrão, que ficou muito legal. Para quem acha que Angela Gossow (ex-Arch Enemy) é pioneira de mulheres urrando, vale conferir quem realmente o fez.

Morbid Angel / “Sworn to the Black” / Album “Covenant” – Se alguém mostrou ao mundo que o Death Metal não é apenas um estilo para os fortes, mas também para os músicos talentosos, esse alguém é o Morbid Angel. “Sworn to the Black” é uma música absurdamente técnica, com ritmo mais cadenciado e quebradas sensacionais, mostrando uma banda entrosada e afiada. Destaque para Pete “Commando” Sandoval, que aqui comanda (desculpe o trocadilho) o ritmo da música com soluções rítmicas impressionantes, aliado aos vocais de David Vincent, cavernosos como sempre. Mesmo sem ser na velocidade da luz, a banda mostra e confirma seu domínio absoluto quando se fala em Death Metal.

Deathrow / “Satan´s Gift” / Album “Satan´s Gift/Riders of Doom” – Já mencionei essa banda na parte 4 desse Top 100, com uma música do seu segundo álbum. Essa aqui é do primeiro, onde a banda era bem crua e o som mais porrada. E para quem gosta de bateria, esta música bate alguma espécie de recorde em termos de quantidade de viradas (cortesia do batera Markus Hahn), o que a torna ainda mais fantástica. Somado a isso, os riffs são velocíssimos e o refrão é muito legal. Imperdível.

Helloween / “The Dark Ride” / Album “The Dark Ride” – Como a fase Michael Kiske é simplesmente fantástica e tudo dela é sensacional, coloco a última grande música feita dentro da fase do seu sucessor, Andi Deris. Na minha humilde opinião, esta é uma música que teria lugar dentro dos “Keepers”, tamanha a sua qualidade em aglutinar todos os elementos do melódico que o Helloween criou e que todos copiaram depois. Instrumental impecável, solos dobrados, refrão bacana, variações de andamento muito bem encaixadas são algumas das qualidades desse clássico. Apesar de ser a faixa título de um álbum injustamente criticado como sombrio e longe do estilo alegre da banda, representa o fim da fase criativa e inspirada, caindo na mesmice nos álbuns seguintes. Mas esta música é apenas foda, merecendo ouvidas seguidas!