Manowar / “Battle Hymn” / Album “Battle Hymn” – Faixa título
do album de estreia dos americanos do Manowar e que cumpre fielmente o
propósito de seu título, sendo um verdadeiro “Hino de Batalha”. É simplesmente
impossível ouvi-la sem se imaginar em uma daquelas guerras antigas, montado em
um cavalo e empunhando uma espada! Clima fantástico e com uma interpretação
inspiradísisma da banda, em especial de Scott Adams, que canta de maneira
emocionada (tente passar indiferente aos refrãos “KIll, Kill” e “Victory, Victory”,
se puder), principalmente na parte acústica antes do solo. Destaque também para
a bateria no final apoteótico, simplesmente maravilhosa e bombástica. Música
pesada, linda e inspirada como poucas. Clássico!
Children of Bodom / “Every Time I Die” / Album “Follow the
Reaper” – Algumas bandas obtem resultados surpreendentes com músicas mais
arrasatadas, quando priorizam peso à velocidade. Nesta faixa, em especial, o
COB conseguiu um peso avassalador, com um ritmo cadenciado mesclado aos velhos
conhecidos teclados utilizados em larga escala pela banda, e que já são sua
marca registrada. Destaque para o início da música, que, se ouvido no volume
máximo, consegue tremer o chão!
Torture Squad / “Chaos Corporation” / Album “Hellbound” – Se
o Dream Theater se tornasse uma banda de Brutal Death Metal, soaria como o
Torture Squad. Falo isso por que a quebradeira dessa música é tão
impressionante, usando tanta técnica, que só mesmo músicos gabaritados seriam
capazes. O mais interessante é ver/ouvir blast beats (Almir Cristófaro é um
monstro na bateria) entrecortados por partes técnicas, com muita precisão,
aliados aos variados vocais de Vitor Rodrigues, que mistura de maneira
magistral vozes graves, guturais e rasgadas, dando a impressão de que há mais
de um vocalista na banda. Simplesmente fodástico!
Machine Head / “Imperium” / Album “Through Ashes of Empires”
– Se cada estilo de Metal tivesse a sua “receita de bolo”, esta música poderia
ser a receita do Thrash. Apesar do Machine Head ser uma banda que executa do um
som mais moderno, as raízes de Robbin Flyn e o seu passado no fudidíssimo
Vio-Lence emergem de vez em quando, dando vida a obras primas como essa.
Trata-se de uma faixa longa, onde Flyn soube explorar partes mais lentas e
rápidas, riffs clássicos de Thrash Metal, um refrão muito foda e variações
espetaculares em meio a afinação baixa que traz o tom mais moderno já
mencionado. É como se ele tivesse pego o que há de melhor nos elementos para se
compor um música pesada e os uniu com maestria. No Fuckin Regrets!
Slayer /
“Jihad” / Album “Christh Illusion” – Ah, Slayer... Como sempre a banda
se mete a falar de algo que não deveria, mas é aí que saem os clássicos! Jeff
Hanneman (R.I.P.) já havia cutucado com vara curta a onça do Nazismo em “Angel
of Death”, e aí o fez de novo com o fanatismo Muçulmano em “Jihad”. Música
rápida, porrada mesmo, com início de guitarra estranhíssimo para os padrões do
Slayer (mas que tem tudo haver a temática) e um andamento meio dissonante das
guitarras em relação a bateria na parte rápida, criando um efeito muito legal.
A “paradinha” no meio da musica é simplesmente fuderosa e descamba nos solos
velocíssimos, bem ao estilo da banda. Sozinha já vale o álbum!
Dark Angel / “Perish in Flames” / Album “Darkness Descends”
– Na minha opinião, este album sempre esteve ao lado do “Reign In Blood” do
Slayer, que é o álbum mais porrada do Thrash na história da humanidade. Digo
isso porque “Darkness Descends” é duma velocidade tão absurda, uma porrada
estonteante que realmente mereceria esta condição. A faixa em questão encerra o
álbum como um soco no estômago, tocada na velocidade da luz, até mesmo nas
partes mais lentas (?), com destaque para a bateria de Gene Hoglan, que
simplesmente desce a mão sem dó e nem piedade. Apesar das letras enormes e da
velocidade estonteante, o vocalista Don Doty acompanhava de maneira soberba
essa correria toda. Indicadíssimo para quem gosta de Thrash bem porrada, sem
piedade.
Holy Moses / “Current of Death” / Album “Finished With the
Dogs” – Ainda no segmento Thrash + Porrada, o Holy Moses é uma banda alemã antiga
(iniciou atividades na década de 80 e ainda está na ativa), mas que tem o
diferencial de ter sido uma das primeiras com uma mulher nos vocais e fazendo
um som mais pesado e rápido. Nesta faixa, em cima de um Thrash hiper rápido,
Sabrina Classen urra (!) furiosamente e acompanha uma banda afiada. Mesmo no
meio de tanta pancadaria, eles conseguiram enfiar um ôôôôô no refrão, que ficou
muito legal. Para quem acha que Angela Gossow (ex-Arch Enemy) é pioneira de
mulheres urrando, vale conferir quem realmente o fez.
Morbid Angel / “Sworn to the Black” / Album “Covenant” – Se
alguém mostrou ao mundo que o Death Metal não é apenas um estilo para os
fortes, mas também para os músicos talentosos, esse alguém é o Morbid Angel. “Sworn
to the Black” é uma música absurdamente técnica, com ritmo mais cadenciado e quebradas
sensacionais, mostrando uma banda entrosada e afiada. Destaque para Pete
“Commando” Sandoval, que aqui comanda (desculpe o trocadilho) o ritmo da música
com soluções rítmicas impressionantes, aliado aos vocais de David Vincent,
cavernosos como sempre. Mesmo sem ser na velocidade da luz, a banda mostra e
confirma seu domínio absoluto quando se fala em Death Metal.
Deathrow / “Satan´s Gift” / Album “Satan´s Gift/Riders of
Doom” – Já mencionei essa banda na parte 4 desse Top 100, com uma música do seu
segundo álbum. Essa aqui é do primeiro, onde a banda era bem crua e o som mais
porrada. E para quem gosta de bateria, esta música bate alguma espécie de
recorde em termos de quantidade de viradas (cortesia do batera Markus Hahn), o
que a torna ainda mais fantástica. Somado a isso, os riffs são velocíssimos e o
refrão é muito legal. Imperdível.
Helloween / “The Dark Ride” / Album “The Dark
Ride” – Como a fase Michael Kiske é simplesmente fantástica e tudo dela é
sensacional, coloco a última grande música feita dentro da fase do seu
sucessor, Andi Deris. Na minha humilde opinião, esta é uma música que teria
lugar dentro dos “Keepers”, tamanha a sua qualidade em aglutinar todos os
elementos do melódico que o Helloween criou e que todos copiaram depois.
Instrumental impecável, solos dobrados, refrão bacana, variações de andamento
muito bem encaixadas são algumas das qualidades desse clássico. Apesar de ser a
faixa título de um álbum injustamente criticado como sombrio e longe do estilo
alegre da banda, representa o fim da fase criativa e inspirada,
caindo na mesmice nos álbuns seguintes. Mas esta música é apenas foda,
merecendo ouvidas seguidas!